sábado, 30 de abril de 2011

Os senhores feudais 2 (XXVI)

 
Há uns dias ouvi o senhor Passos Coelho a manifestar o interesse em juntar à "revolução" a sociedade civil. Estava a ver que não começavam a lançar termos Orwellianos para a discussão nacional. É claro que isto não é assunto novo, mas é neste momento de emergência que a "dita" têm de entrar ao serviço, lançando programas e ideias por forma a que nós nos habituemos à coisa.

Termos como sociedade civil ou comunitarismo têm hoje em dia um significado bem diferente daquilo que representavam à umas décadas atrás.
A transformação destas expressões é quase sempre gerada nos grupos Think Tank ou em agendas das Nações Unidas como a AGENDA21. A conotação torna-se benigna aos olhos de todos e aplicável na sociedade desde que seja bem difundida e nunca se explique o real significado como é óbvio.

Senão vejamos, ao criar uma sociedade civil estou ao mesmo tempo a dizer que os políticos não conseguem resolver os problemas para os quais são pagos, por isso, e aqui é que está o imbróglio, escolhem a tal sociedade civil, ou comunitarismo para lhes iluminar aqueles cérebros.

Enquanto isso as pessoas aplaudem, acham que por não serem políticos a solução pode passar por ali, esquecem-se que estes grupos são escolhidos e quase sempre pertencem a partidos políticos ou à maçonaria ou a ambos.

Deviam de estar atentos quando ouvem políticos a usarem estes slogans, que têm por base a abdicação de direitos pessoais e consagrados na constituição em troca do que é melhor para o grupo, ou para a sociedade neste caso.

Temos de ser unidos dizem eles, conseguiremos ultrapassar as adversidades juntos, o paleio de sempre que ouvem repetida mas não inocentemente, porque dá certo, não dá?
Estás tu disposto a perderes algumas das tuas liberdades e direitos por isto que te acabei de descrever?

(Nota: Os media vendem a ideia que existe uma qualquer negociação com a Troika, e o povo parece indeciso entre ser entalado com ou sem vaselina.)

Mas, nem todos conseguem visualizar a ilusão desta realidade, eu sei, é-nos disfarçada através da nossa vida, assim como foi com os nossos pais, avós e bisavós. Acompanha-nos diariamente, onde tudo nos é apresentado numa bandeja pronto a ser consumido, se sabia mal ou era bom é irrelevante, pois amanhã é outro dia, com nova bandeja, e a mesma ilusão.

Tenta não cair na armadilha de consumir o que te é oferecido pelos "mainstream media". Deves de procurar a tua própria resposta, gerada pelos teus julgamentos, com factos pensados e analisados por ti. Esta é a única forma de completares o puzzle, é claro que vais errar, desviar-te do que é importante muitas vezes, mas isso faz parte do percurso acidentado que se faz para a iluminação espiritual.

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